Rádio e Televisão
Os meios de comunicação de massa, onde o rádio e a TV assume o papel de protagonista, - salvo algumas raras exceções - se preocupam cada vez mais com o retorno financeiro, em detrimento da escolha do conteúdo adequado. A influência dessas mídias em nossa sociedade chega a ser um absurdo. Elas ditam como deve ser o modelo de homem/mulher de sucesso, além de determinar os padrões que devem ser seguidos pela sociedade. Os meios de comunicação de massa foram determinantes para o surgimento da indústria cultural e consequentemente da cultura de massa. Tal conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante para difusão de suas ideias. Desta maneira, a produção cultural e intelectual passa a ser dirigida pela lógica do consumo, sendo produto de uma sociedade capitalista, que desenvolve a cultura de massa como ferramenta de manutenção de seus ideais. Os produtos criados pela indústria cultural, atendem a uma lógica mercadológica, onde o indivíduo não necessita de conhecimento avançado para compreender a mensagem transmitida. Os produtores oferecem um produto de fácil compreensão com o intuito de atrair a grande massa, o que acarreta em lucros mais significativos. O objetivo não é a construção de uma sociedade com alto padrão intelectual, mas o aumento do lucro. Um bom exemplo que a autora Marilena Chaui cita é o filme Rede de intrigas (Network), de Sidney Lumet lançado em 1976, que permanece atual até hoje e do jeito que as coisas andam - permanecerá ainda por muito tempo. O filme de Lumet aborda sobre a influência da televisão no cotidiano das pessoas, além de tratar sobre questões relacionadas ao Jornalismo e quais as consequências causadas por conta de uma postura sensacionalista. Vencedor de quatro Oscars em 1977, “Rede de Intrigas” (Network, 1976) foi interpretado na época apenas como um drama sobre “o primeiro