Rádio alegrete e o rádiojornalismo ações e influências
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Que a arte possa nos apontar os caminhos, e que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer... (Charles Chaplin)RESUMO
Esse trabalho tem objetivo de refletir sobre as ações ligadas à comunicação via rádio, em especial sobre o processo de desenvolvimento do rádio jornalismo na comunidade de Alegrete, principalmente através da primeira emissora fundada no município, a Rádio Alegrete, em 1947. Nesta época, o rádio vivia a sua chamada “fase de ouro”, mais de vinte anos após o seu surgimento no Brasil, que se deu em abril de 1923, no Rio de Janeiro. O trabalho de rádio em Alegrete, na época uma cidade com uma densidade rural maior que a comunidade urbana, com elevado índice de analfabetismo, era o de prestação de serviços, com ação de um rádio jornalismo cívico voltado para resoluções de problemas comunitários e o repasse de informações oriundas de outros centros através de um rádio escuta e pela leitura de jornais, como forma de manter a comunidade a par das notícias. Apesar de nascer junto com a descoberta do transistor, o rádio ainda não havia se disseminado, e poucos eram os que possuíam um aparelho. Essa realidade não levou muito tempo para se transformar e logo os aparelhos receptores transistorizados fariam parte da vida da população, ampliando a audiência da emissora e proporcionando maior mobilidade ao veículo e sua programação. Quais as influências que o veículo, através do seu trabalho de comunicação e do formato de sua programação, pode ter causado na sociedade alegretense, é a pergunta que essa pesquisa buscou responder, através de análise de uma bibliografia contendo textos contemporâneos sobre o assunto, tais como Ortriwano, Adelmo, Meditsch, Mauro Wolf entre outros. Também foi realizada entrevista oral com redator que atuou no rádio jornalismo da emissora e com locutor apresentador que trabalhou durante as primeiras décadas da Rádio