Rvolução cubana
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A REVOLUÇÃO CUBANA DE 1959A revolução ocorrida em Cuba em 1959 foi além das reformas populistas1 promovidas por alguns governos latino-americanos, como Vargas no Brasil, Perón na Argentina e Cárdenas no México. Os revolucionários cubanos apresentaram-se como transformadores das estruturas sociais, econômicas e políticas do país. Não se tratava apenas de mais uma ampla mobilização das massas contra o predomínio das oligarquias agrárias e do atendimento das aspirações dos trabalhadores, mas sim de uma revolução social de orientação socialista.
CUBA A independência de Cuba só foi conseguida no final do século XIX. Entretanto, a emancipação foi acompanhada do “direito de intervenção” por parte dos Estados Unidos. Isto porque foi incluída na Constituição do novo país a Emenda Platt, que dava aos norte-americanos o direito de intervir nos assuntos internos de Cuba e que negava à ilha sua soberania. Durante as três primeiras décadas do século XX, foi intensa a penetração norte-americana na economia cubana. Segundo Hector Bruit, “em 1905 havia em Cuba 13 mil colonos norte-americanos proprietários de terras avaliadas em 50 milhões de dólares. A penetração norte-americana na economia açucareira cubana se deu por meio de empréstimos hipotecários, que ao não serem saldados colocavam a usina nas mãos do banco credor. Foi esse o caso do National City Bank e do Chase National Bank, de Nova York, que já em 1927 controlavam 12 grandes engenhos dos 75 de propriedade norte-americana. Estes respondiam por 73% da produção de açúcar cubano”. Em 1934, dentro de uma proposta de revisão da política externa norte-americana, foi revogada a Emenda Platt. Os Estados Unidos estavam, naquele momento, substituindo a política de intervenções pela “Política da Boa Vizinhança”. Os investimentos na ilha e nas demais regiões na América Latina seriam protegidos por “dirigentes de confiança”, que controlariam as forças armadas locais. Assim, compreende-se melhor a subida ao poder de