RUP X Metodologias Geis
Resumo
Em sua obra Agile Testing, Lisa Crispin e Janet Gregory (2009) destacam que "Agile is a buzzword", ou seja, “Ágil é uma palavra da moda”. De fato, observa-se um interesse crescente por estas metodologias ágeis para desenvolvimento de software com a expectativa de que sejam mais “leves” e menos burocráticas do que as metodologias tradicionais. Este texto apresenta uma análise crítica do processo de desenvolvimento de software RUP, comparado com práticas e princípios de metodologias ágeis, com base em uma breve pesquisa bibliográfica.
1. As Metodologias Ágeis
Para Abrahamsson (2002), uma metodologia é ágil quando o desenvolvimento do software é feito de forma incremental (liberação de pequenas versões, em iterações de curta duração), colaborativa (cliente e desenvolvedores trabalhando juntos, em constante comunicação), direta (o método em si é simples de aprender e modificar) e adaptativa (capaz de responder às mudanças até o último instante).
Para Crispin e Gregory (2009), o desenvolvimento ágil reconhece a realidade de que os desenvolvedores só possuem algumas horas boas e produtivas em um dia ou semana, e que não podem planejar além da inevitabilidade da mudança.
Entre as principais metodologias ágeis destacam-se o XP (eXtreme Programming, ou Programação Extrema), que prega desenvolvimento orientado a testes (TDD) e programação em pares, entre outras práticas; o FDD (Feature Driven Development), orientado a funcionalidades; o Scrum, voltado para o gerenciamento de projetos; Crystal, que é uma família de metodologias um pouco menos disciplinadas que o XP; Método para Desenvolvimento de Sistemas Dinâmicos (DSDM), com forte envolvimento dos clientes e testes tratados fora do escopo do ciclo de vida do projeto.
Estas metodologias têm seus princípios apoiados no Manisfesto Ágil, que é um conjunto de valores elaborados em 2001 por um grupo de importantes profissionais de software, entre eles Martin Fowler, Kent Beck