Rui Mauro Marini
Na vasta obra de Rui M. Marini, podemos encontrar reflexões nesse sentido, e particularmente, em torno a autogestão.
Na apresentação ao livro com textos de Maurini ( Boitempo./PUC Rio.2005), é dito que o ‘ressurgimento da problemática do socialismo” , exige uma ‘reconstrução teórica” que, na obra de R.M.Marini, “ a teoria da dependência elaborada nos anos 60 seria apenas o ponto d e partida.Ela deveria ser transcendida no plano do marxismo , isto é, depurada de seus aspectos estrutural-funcionalistas e reorientada para a construção de um socialismo libertário e original. Esse socialismo deveria se distinguir pela sua capacidade de introduzir ELEMENTOS DA DEMOCRACIA DIRETA que permitissem O CONTROLE DO ESTADO PELA SOCIEDADE e por sua capacidade de democratizar os processos de gestão internacionais”.(grifos nosso/p.12).
Sem duvidas, a rica experiência vivida por Marini no exilio chileno , na época do Governo Allende (1970-1973), foi fundamental na construção de sua visão da democracia. Essa participação teve seu aspecto mais profundo na militância de Rui no MIR chileno. Essa organização teve papel determinante na experiência chilena da autogestão, expressa sobretudo nos “Cordões Industrias dos Trabalhadores” , que aprofundou e ampliou a práxis decorrente do projeto da Unidade Popular e da CUT chilena , da “Area de Propriedade Social”. E, em termos de pensar uma estratégia de poder nacional, a ideia da “ Assembleia Popular”, como forma de ‘duplo poder’.
Claro, que, sem duvidas, sua militância na POLOP teve também sua