Ruanda e burundi

A criação de fronteiras artificiais pelos colonizadores europeus no continente africano é a maior causa das guerras civis nessa região. Os colonos impõem rivalidades, que por sua vez geraram ódio entre as tribos da região. Muitos conflitos transformaram-se em guerras gerando grande número de mortes, golpes estatais, ditaduras corruptas que privilegiavam minorias. Ruanda e Burundi são um dos maiores exemplos das conseqüências dessas fronteiras.
Duas tribos, que viviam separadamente antes da chegada dos europeus, se viram forçadas a viver em um único território após imposição do colonizador. Essas tribos, Hutus e Tutsis, habitavam os territórios de Ruanda e Burundi principalmente. Todavia repartissem uma mesma jurisdição entraram em conflitos uma contra a outra, gerando grandes guerras.

Ruanda e Burundi por serem países de colonização originária alemã, os indivíduos da etnia Tutsi, fisicamente mais fortes, altos e de pele mais clara, eram priorizados, desprezando a etnia Hutu, mesmo sendo a maioria da população, que eram fisicamente baixos, fracos e de pele mais escura. Então, o poder colonial deu preferência para os Tutsis, 15 por cento da população, para, de certo modo, “governar” o país. Esses receberam cargos importantes governamentais e militares.
Mesmo com a derrota alemão na Primeira Guerra Mundial e a Bélgica assumindo o poder sobre o país, chamado inicialmente de Ruanda-Burundi, o privilégio Tutsi permanece. Com a criação do documento de identidade étnica pelos Belgas em 1932, as rivalidades entre essas etnias se acentua. Sendo em 1959 que, os Hutus,liderados pelos ressentimentos guardados desde o período colonial, se rebelam. Militares tutsis foram presos, tendo seus pés cortados por facões na intenção de diminuir a diferença de estatura entre as tribos, em um ato simbólico de eliminar as diferenças sociais entre eles. Ruanda, então, se torna república em 1961(a independência de Burundi também é declarada no mesmo ano) liderada pelos Hutus, sendo