Roussou
RESUMO: A obra O Contrato Social de Jean-Jacques Rousseau é um clássico da Filosofia. Nela são discutidas as questões da origem, formação e manutenção das sociedades humanas entendidas sobre a base da celebração de um acordo ou contrato entre os homens. A modernidade, com as transformações cientifica e epistemológica pelas quais passou, instituiu um modelo interpretativo da realidade social e política que colocou novas bases à legitimidade do poder. Mas, ainda havia na sociedade do Século XVIII, fagulhas do sistema organicista aristotélico, onde se explicava a sociedade como algo natural, ou seja, uma continuação da natureza. O conceito de poder como de origem divina ainda justificava, de forma inquestionável, o poder dos príncipes. Assim, Rousseau, ao propor o Contrato, estabeleceu o indivíduo como a fonte de todo poder, que é legitimado por uma convenção. Rousseau também faz uma critica ao sistema absolutista, exposto por Thomas Hobbes, e a todo poder centralizado na figura de uma pessoa. O pacto, na sua essência, visa fundar a base do poder político no consenso. Em Rousseau, esse pacto se realiza quando todos abdicam igualmente de sua liberdade. Nesse sentido, a questão pertinente é a seguinte: Como Rousseau, na obra O Contrato Social, se propõe à árdua tarefa de discutir um pacto que – mesmo alienando-se de sua liberdade – garante que o indivíduo continue livre?
O Contrato Social de Jean-Jacques Rousseau é uma obra fundamental para a Filosofia. É, ao mesmo tempo, uma obra para ser lida com prazer, pois nela o autor conversa de igual para igual com o leitor. O Contrato Social é um texto escrito numa linguagem clara e agradável, permitindo a compreensão de conceitos