Rousseau

439 palavras 2 páginas
O estado de natureza de Rousseau

Enquanto que para Hobbes o estado de natureza é um estado de guerra na medida em que para este filósofo o homem é essencialmente mau (homem lobo de homem) (HOBBES, 2001: 36-37), e para Locke o estado de natureza é um estado é de total liberdade, regulando-se as posses e as pessoas de acordo a conveniência dos limites da lei da natureza (LOCKE, 2007: 2), para Rousseau, os homens no estado de natureza, não tendo entre si nenhuma espécie de relação moral nem de deveres conhecidos, não podiam ser bons nem maus, nem tinham vícios nem virtudes (ROUSSEAU, 2007a: 210). Para Rousseau o estado de natureza era o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano.

Todavia, para Rousseau, o homem é a-social por natureza, pois sendo bom no estado natural, é corrompido pela sociedade. O estado de natureza torna-se assim um estado de conflitos e discórdias cujo estabelecimento da propriedade privada é seu último termo.

3. O contrato social de Rousseau

Diferentemente de Hobbes, para quem há um pacto de total submissão em favor do soberano, e de Locke para quem o estado civil nasce do contrato social limitado aos máximo termos pelos direitos naturais a que o homem gozava no estado de natureza, em Rousseau o contrato social visa formar um poder político comum a todos os membros da sociedade, que passam assim a formar a vontade geral. Em lugar de destruir a igualdade natural, o pacto fundamental substitui, ao contrário, toda a desigualdade física, que entre os homens lançara a natureza, por uma igualdade moral e legítima (ROUSSEAU, 2007b: 37).

Para Rousseau, no contrato social, cada um dos membros põe em comum sua pessoa e sua autoridade, sob o supremo comando da vontade geral, e recebe em conjunto cada membro como parte indivisível do todo.

Com a passagem do estado de natureza ao estado civil, segundo Rousseau, imprime-se no homem a moralidade que lhe faltava no estado de natureza, substituindo-se uma conduta guiada pelo

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