Rotulos
Corriqueiro entre professores e gestores escolares, o hábito de rotular estigmatiza as crianças e as desestimula a aproveitar uma das grandes vantagens do ambiente escolar: a liberdade para experimentar papéis e posturas.
Além de tirar a autocrítica do sujeito, ele pode se tornar incapaz de refletir sobre as próprias ações, deixando de se arriscar naquilo em que não se sairia tão bem. Isso quando não fica incapaz de lidar com as frustrações.
No caso das famas negativas, o mais provável é que o estudante se sinta preso ao juízo de valor. Chamar um aluno de burro é o mesmo que dizer que ele não se adapta ao mundo escolar. "As crianças não são iguais. Têm ritmos, jeitos e modos diferentes de aprender, mas todos são capazes.
Em tese, os rótulos não são exclusivos do ambiente educacional. Na escola, no entanto, essa prática é mais grave porque os alvos são seres em desenvolvimento e dão mais valor a julgamentos. Somos suscetíveis ao olhar do outro e vamos formando nossa identidade em meio à interação social. O que penso de mim é influenciado pelo parecer das pessoas, se, ao sermos educados, recebermos reflexos negativos, teremos uma forte tendência a pensarmos como alguém menos valioso.
O convívio em sala de aula pode ficar desequilibrado dependendo das atitudes dos professores. Quando você critica publicamente um aluno e entrega de bandeja para a turma apelidos prontos, essa criança pode ficar estigmatizada e ser rejeitada.
A maioria dos educadores usa juízos de valor para marcar seu lugar e mostrar às crianças que elas têm de ocupar outra posição.
É comum uma mãe entregar o filho para a professora e logo implorar: "Vê se dá um jeito nele. É incontrolável." Em vez de incorporar os rótulos dados pelas próprias famílias, a escola tem de combatê-los, pois, a criança mal consegue expressar suas capacidades porque já é desqualificada perante os outros.
Para Vigotsky, na visão sócio-interacionista, os alunos deveriam ser