Roteiro Queirosiano
A capital está cheia de memórias de Eça. É o espaço físico onde se concentra a alma de Portugal: “O país está todo entre a Arcada e S. Bento!” Numa visita ao Chiado, descobrem-se muitas dessas particularidades. É assim um ótimo pretexto para recordar uma grande obra de um dos maiores escritores portugueses. Esta Lisboa merece uma atenção especial, porque aqui surgem os “microespaços” que permitem quer a caracterização das personagens, quer a definição da capital portuguesa, estabelecendo-se, assim, uma relação evidente entre o espaço físico, as personagens e o espaço social. Faz de conta que vamos passear com Eça de Queirós, sem grande esforço, até porque vamos adiantando o que é preciso saberes. Iremos percorrer algumas ruas, cafés e lugares que o Escritor escolheu para contar as histórias das personagens que, nessa época, tanto trabalhavam e tanta cultura tinham…
Vamos andando, olhando e tirando uma ou outra fotografia!!!
“Chegando a largo trote do lado da Rua do Arsenal” estaca à porta do Hotel Central, no Cais do Sodré, mais precisamente no início da Rua do Alecrim, o hotel mais referenciado da obra queirosiana. Este foi o local escolhido para o jantar de homenagem ao banqueiro Cohen, o qual serviu também para proporcionar a Carlos a visão de Maria Eduarda, que se encontrava aqui alojada. O edifício ainda cá está, mas funciona como Banco…
Começando a subir a Rua do Alecrim, no Largo Barão da Quintela, está um monumento a Eça de Queirós. O escritor sustentando a Verdade, numa cópia em bronze da escultura de mármore de Teixeira Lopes (1903), que a executou três anos depois da morte do homenageado. A seus pés, o lema que abre “A Relíquia” e que define o próprio Eça: “Sobre a nudez forte da verdade – o manto diáfano da fantasia.” O original encontra-se preservado no Museu da Cidade.
Se te desviares um pouco para o lado esquerdo, entras na Rua das Flores, onde “às oito horas pontualmente,