roteiro cinema
OFF - trechos de filmes
Governo Collor (fim da Embrafilme)
Melina: Ela foi extremamente importante pro cinema brasileiro, sem a embrafilme ele não teria o vulto que teve, à proporção que teve. Eu acho que o que acontece é que no final havia uma série de procedimentos questionáveis que aconteciam dentro da embrafilme, e que foi inclusive questionado, mais isso significa que a instituição ou a forma realmente estivesse errada, era uma questão de ajustes, se não é como jogar o bebe com a água do banho, não da pra jogar tudo fora, porque você tem alguns problemas, era possível que reorganizar a embrafilme, não era necessário que ela fosse dissolvida naquele momento.
Gatti: Varias questões de ordem política econômica que vão no bojo dessa discussão, então não é só um elemento, são vários, e o que havia é o seguinte, a distribuidora ia muito bem, ela tinha um modelo de distribuição competente, mas não cabia muitos filmes, não há condição de uma distribuidora brasileira preparar lançamentos em escala porque...as distribuidoras americanas tem essa escala porque os filmes já vem prontos, o formato do lançamento deles já vem pronto, o material, a estratégia de marketing, já vem tudo de hollywood pra cá, então aqui eles só reproduzem, a embrafilme não, ela tinha que planejar, pensar, e isso demanda tempo e dinheiro
Melina: Pro cinema Brasileiro ele acaba com a embrafilme que era a forma oficial de financiamento, e que a maior parte dos cineastas usava a embrafilme. Ele acaba com o ministério da cultura, e não coloca nada no lugar, porque assim, você tem uma forma de fazer cinema que é institucionalizada, era essa forma, de repente tem um negocio, “a não é mais assim”, só que não têm mais nada, as pessoas que estavam produzindo ela pararam no meio, parou de vir dinheiro, parou a produção. Então foi um choque muito grande e uma sensação, que eu acho que foi generalizada, não só no cinema mais como nas diversas linguagens artísticas e na