Rotação do ombro
A reabilitação da articulação do ombro pode ser difícil não só pela sua função complexa que envolve a integridade anatômica e funcional, mas também devido a contribuições fisiológicas e biomecânicas das estruturas como, por exemplo, a escápula. De forma geral, programas de reabilitação do ombro empregam exercícios com cargas e intensidades progressivas de acordo com o tipo de lesão e procedimento cirúrgico realizado. Ainda que essas características sejam determinantes na progressão dos exercícios, o conhecimento da mecânica articular do ombro é fundamental para a escolha adequada dos exercícios.
O objetivo deste trabalho é apresentar critérios mecânicos para a progressão de exercícios de rotação interna e externa do ombro, quando realizados no plano sagital.
Foram analisados 6 indivíduos através de um dinamômetro isocinético e de um eletrogoniômetro. A partir dos dados obtidos na coleta, foram calculadas as médias de torque, força resultante e a distância perpendicular média ponderada (DPMP) nos softwares SAD32 e Matlab. Os procedimentos de coleta respeitaram cinco fases: preparação, posicionamento, calibração, familiarização com o teste e teste. Os músculos utilizados para o cálculo foram: supra-espinhal, infra--espinhal, redondo menor, deltóide posterior, deltóide médio e deltóide anterior para RE e peitoral maior, grande dorsal, redondo maior e deltóide anterior, médio e posterior para RI.
Os ângulos em que ocorreram os picos de torque de RE e RI foram de -34° e 6º, com valores de 43 Nm e 69 Nm respectivamente, e os picos de força muscular de RE e RI ocorreram nos 35º e -14º, sendo que os valores nessas angulações foram de 10227 N e 8464 N, respectivamente. A DPMP dos RE apresentou um comportamento crescente ao longo de toda amplitude de movimento (ADM), tendo seu pico no final da amplitude, ou seja, em -50º (0,91cm); e a DPMP dos RI apresentou-se