roseeu

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tos paradoxos, solapando os fundamentos da fé e aniquilando a virtude. Sorriem desdenhosamente dos velhos vocábulos de pátria e de religião, e consagram seu talento e filosofia destruição e aviltamento de tudo o que há de sagrado entre os homens. Não é que no fundo odeiem a virtude ou os dogmas; são inimigos da opinião pública; e, para reconduzi-los ao pé dos altares, bastaria relegá-los no meio dos ateus. Oh furor de se distinguir! quanto podeis!

O abuso do tempo é um grande mal. Outros males ainda piores seguem ainda as letras e as artes.
Assim é o luxo, do mesmo modo que elas nascido da ociosidade e da vaidade dos homens. O luxo raramente existe sem as ciências e as artes, e elas jamais sem ele. Sei que a nossa filosofia, sempre fecunda em máximas singulares, pretende, contra a experiência de todos os séculos, que o luxo constitua o esplendor dos Estados; mas, depois de ter esquecido a necessidade das leis suntuárias, ousará ela negar ainda que os bons costumes são essenciais à duração dos impérios, e que o luxo é diametralmente oposto aos bons costumes? Que o luxo seja sinal certo de riquezas; que sirva mesmo, se se quiser, para multiplicá-las: que será preciso concluir desse paradoxo tão digno de ter nascido nos nossos dias? E que se tornará a virtude, quando se precisar enriquecer a qualquer preço? Os antigos políticos falavam, sem cessar, de costumes e de virtude: os nossos só falam de comércio e de dinheiro. Um vos dirá que um homem vale, em tal região, a soma pela qual o venderiam em Argélia; outro, seguindo esse cálculo, encontrará países em que um homem nada vale; e outros, em que vale menos do que nada. Avaliam os homens como rebanhos de gado. Segundo eles, um homem só vale, para o Estado, pelo que consome; assim, um sibarita valeria bem trinta lacedemônios. Adivinhe-se, agora, qual das duas repúblicas, a de
Esparta ou a de Síbaris, foi subjugada por um grupo de camponeses e qual delas fez tremer a Ásia.

A monarquia de

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