Rosacea
Érica de O. Monteiro
Dermatologista colaboradora do Setor de Cosmiatria (UNICCO - Unidade de Cosmiatria, Cirurgia e Oncologia) do Departamento de Dermatologia da UNIFESP.
RBM Jul 10 V 67 Especial Dermatologia
Indexado LILACS: S0034-72642010004700005
Unitermos: rosácea, flushing
Unterms: rosacea, flushing
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Numeração de páginas na revista impressa: 28 à 32
Resumo
A rosácea é uma doença comum em adultos e tem uma apresentação muito variável. A doença com frequência produz eritema, pápulas, pústulas e edema na pele médio-facial.
Introdução
A rosácea é uma dermatose inflamatória crônica observada principalmente na pele do rosto, com períodos de exacerbação e de melhora, afetando cerca de 10% da população1. É causada por um processo inflamatório que envolve vasos da pele e a unidade pilossebácea, levando ao desenvolvimento de eritema, com sintomas de dor, queimação, prurido e flushing2. Esse componente inflamatório aumenta a sensibilidade da pele e diminui o limiar de tolerância a muitos agentes de uso tópico.
Quadro clínico
Os pacientes com rosácea geralmente apresentam queixa de vermelhidão, flushing, prurido e pele sensível. A pele do rosto é avermelhada, podendo apresentar pápulas, pústulas, telangiectasias e placas eritematosas. A erupção pode variar em função do grupo étnico, sendo que as pápulas e pústulas são menos comuns em negros e seus descendentes. O comprometimento extrafacial em regiões como pescoço, colo e couro cabeludo pode ocorrer, mas geralmente é decorrente da manifestação da doença associada ao dano solar crônico. Vários fatores desencadeantes estão associados com períodos de piora do quadro, como3-6:
• Agentes locais: cosméticos, retinoides, corticosteroides, sabonetes com alta detergência
• Drogas: álcool, tabaco
• Alimentos: pimenta, chocolate, cafeína, alimentos quentes
• Alterações ambientais: frio excessivo, calor excessivo, vento
• Outros: fatores