1. OS DILEMAS DA GLOBALIZAÇÃO O debate da globalização/fragmentação acabou muitas vezes sendo banalizado e aparece contaminado de ambiguidade. Com isso abre-se um grande leque de interpretações que vão desde as mais criticas até as mais conservadoras, das mais universalistas às mais conservadoras. Percebe-se que o que manifesta uma especificidade do espaço-tempo contemporâneo é o abandono de certa “Ordem” e a difícil instalação de outra. Diante do que foi explanado e explicado sobre globalização, podemos distinguir pelo menos uma posição, dita pelo autor como mais conservadora, muito estimulada pela mídia, que diz que a globalização é vista como algo recente, sobre tudo como um processo do fruto da terceira revolução industrial. O autor também o autor visualiza uma posição mais critica e incisiva, mais difundida no meio acadêmico, onde diz que a globalização foi aparecendo na formação do capitalismo. Muitos autores consideram como faze embrionária da globalização o próprio período do inicio do capitalismo, entre os séculos XV e XVIII. E assim dividem o processo em cinco fazes com um embasamento teórico bem completo e pautado no geografo Robertson (1994). Robertson identifica como “decolagem”, entre 1870 e 1920- ou mais propriamente, até o inicio da primeira grande guerra, em 1914. Em relação a atual globalização econômica em certos aspectos, a economia internacional atualmente é menos aberta e integrada do que o regime que prevaleceu de 1870 a 1914. Globalização e fragmentação, ou se quisermos, “individualização”, são dinâmicas que podem ser associadas ao que Focaut denominou de bipoder de poder disciplinar. O poder disciplinar estava focado sobre a figura do homem-corpo. O autor deixou bem claro o papel do estado-nação dentro do capitalismo e, num sentido mais amplo dentro da modernidade ocidental organizadora sempre foi ambivalente. Apesar de toda essa força dos circuitos globalizados da economia e suas articulações, inclusive, via instruções também