ronaldo
É nestes encadeamentos passionais, em que cada um se distingue mal dos outros e da situação total à qual seus apetites, desejos, medo se confundem, que o indivíduo começa a apreender-se”
O bebê está geneticamente ligado à sua mãe e ao ambiente que o rodeia, não tendo ainda consciência de si mesmo, confundindo o próprio corpo com o mundo à sua volta.
Com a aquisição da linguagem, a criança passa a realizar os chamados jogos de alternância, no qual ela é, de maneira alternada, ora sujeito em relação ao outro, ora objeto do outro.
Para Wallon, tal fala é um ato existente no meio do processo de diferenciação entre o eu e o outro. Nessa fala, o eu é ainda o outro.
Para Wallon, “as crises e conflitos não são considerados fatores negativos, mas fatores que impulsionam e dinamizam o desenvolvimento”.
No entanto, a relação com o outro permanece, pois que é impossível de deixar de existir.
A distinção é feita com a mediação do uso dos objetos, a partir do sentimento de posse. A criança se utiliza dos objetos para afirmar definitivamente o outro como não-eu.
Ao longo desse processo, a fusão entre eu e mundo vai gradualmente desaparecendo, dando lugar à consciência do eu, consciência esta que tem como fundamento a diferença absoluta entre o eu e o mundo.
São “dois termos que não poderiam existir um sem o outro, ainda que ou porque antagonistas, um que é uma afirmação de identidade consigo próprio e o outro que resume aquilo que é necessário expulsar desta identidade para conservá-la”.
“O suprassumir apresenta sua dupla significação verdadeira que vimos no negativo: é ao mesmo tempo um negar e um conservar”. meio no qual há a interação entre as espécies, numa busca por um equilíbrio mais ou menos estável. “A existência biológica do homem civilizado não é exatamente a mesma que seria a de um homem reduzido ao estado natural e muda