romantismo
O Romantismo foi encarado como uma nova maneira de se expressar, enfrentar os problemas da vida e do pensamento.
Esta escola repudiava os clássicos, opondo-se às regras e modelos, procurando a total liberdade de criação, além de defender a "impureza" dos gêneros literários. Com o domínio burguês, ocorre a profissionalização do escritor, que recebe uma remuneração para produzir a obra, enquanto o público paga para consumi-la.
O escritor romântico projetava-se para dentro de si, tendo como fonte o eu - lírico, do qual fluía um diverso conteúdo sentimentalista e, muitas vezes, melancólico da vida, do amor e, às vezes, exageradamente, da própria morte. A introversão era característica essencialmente romântica.
A natureza assim como a mulher, são importantes pontos desse momento. O homem idealizava a mulher como uma deusa, coisa divina e, com isso, retornava ao passado, no trovadorismo, onde as "madames" eram tão sonhadas e desejadas, mesmo que fossem inatingíveis.
Ao procurar a mulher de seus sonhos e, então, frustrar-se por não encontrá-la ou, muitas vezes, por encontrá-la e perdê-la, o romântico entrava em constante devaneio. Para amenizar a situação, ao escrever despojava todos os seus anseios, procurando fugir da realidade, usando do escapismo, onde, não raramente, tinha a natureza como confidente. Outra forma de escapismo utilizada era o escapismo pela obscuridade, onde buscavam o bem-estar nos ambientes fúnebres e obscuros.
Essas frustrações tidas por amores ou simples desilusões com a vida, provocaram muitos suicídios. Daí a grande frequência dos temas de morte nos poemas românticos, o que caracteriza o mal-do-século.
Principais autores e obras
PRIMEIRA GERAÇÃO: composta por autores que abordaram temas ligados à cultura e à história portuguesas.
Almeida Garret (1799-1854): pioneiro do Romantismo português privilegiou a cultura de seu país. É autor do poema Camões (1825), marco inaugural do Romantismo em Portugal. Escreveu Viagens