Romantismo
Entre 1833 e 1836, um grupo de jovens estudantes brasileiros que moravam em Paris, sob o comando de Domingos José Gonçalves de Magalhães (1811-1882) e Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879), iniciou um processo de renovação das letras. Os estudantes estavam influenciados por Almeida Garrett e pela leitura dos românticos franceses.
Em 1836, fundaram em Paris a Niterói, Revista Brasiliense de Ciências, Letras e Artes, cujos dois números trouxeram como epígrafe: "Tudo pelo Brasil e para o Brasil".
Nesse ano, Gonçalves de Magalhães publicou Suspiros Poéticos e Saudades. Do ponto de vista literário, a obra é medíocre, mas é considerada um marco do Romantismo brasileiro. Além disso, transformou seu autor no porta-voz oficial do nacionalismo literário fomentado pelo imperador D. Pedro II.
A primeira geração do Romantismo brasileiro destacou-se pela tentativa de adaptar, de maneira nacionalista, o Romantismo europeu à natureza exótica e exuberante do Brasil. A nação que surgia com a Independência buscava seus heróis formadores, os quais diferenciassem o nosso país das origens européias. Os primeiros românticos eram utópicos. Para criar uma nova identidade nacional, buscaram suas bases no nativismo da literatura anterior à Independência, no elogio à terra e ao homem primitivo. Inspirados em