Romantismo

Argumento central: Neste capítulo do livro, o autor busca situar o estilos Romântico e Realista-naturalista num contexto histórico, bem como explicar como se desenvolveu a transição entre ambos, suas principais características e os principais artistas adeptos de cada um.

Resumo: O texto começa apresentando a situação pós crises, revoluções e guerras na Europa, e as mudanças ocorridas nos valores, resultantes desse contexto. Mais uma vez havia crescido o valor do indivíduo, do ser humano, mas não como no Classicismo. Dessa vez a percepção subjetiva, a imaginação, a emoção, a idealização e o “olhar heroico” haviam se tornado o novo tema da arte, contrapondo-se à frieza do racionalismo típico dos pintores Clássicos. Segundo o autor, os Românticos alemães deram início a esse movimento, chamado Romantismo, que depois viria a se desenvolver também na pintura inglesa e francesa. Os artistas do romantismo alemão se refugiavam na nostalgia dos tempos passados, idealizando-os como tempos em que as pessoas viviam em harmonia, como na Idade Média por exemplo. Preferiam representar paisagens, pois viam na natureza idealizada a liberdade e a sensação de “infinito”, ao contrário das limitações reais sofridas pelo homem desiludido com uma Alemanha politicamente intolerante. O mais notável entre eles foi Caspar David Friedrich. Nas palavras do artista, “A tarefa do pintor não é representar fielmente o ar, a água, as rochas e as árvores, mas sim espelhar neles a sua alma e aquilo que se sente”. Por ser fruto da visão individual e das emoções e sensações de cada artista, o Romantismo resultou em diversas tendências dentro do próprio estilo, como por exemplo o movimento Biedermeier, que surgiu com o refúgio do cidadão em sua esfera privada, devido à impossibilidade de participar politicamente num cenário de restauração da Europa. O principal pintor desse movimento foi Carl von Spitzweg, cujas obras, apesar de aparentemente inocentes, apresentavam profundas críticas sociais.