romantismo
Contexto sócio-político da época (início do Romantismo no Brasil):
1808 - chegada ao Brasil de D. João VI e da família Real.
1808/1821 - abertura dos portos às nações amigas; instalações de bibliotecas e escolas de nível superior; início da atividade editorial.
1822 - Proclamação da Independência. Daí nasce o desejo de uma literatura autenticamente brasileira.
(1831 - abdicação de D. Pedro I e início do Período de Regência, que vai até 1840 (maioridade de D. Pedro II); fundação da Companhia Dramática Nacional; início da Guerra do Paraguai até 1840).
O Brasil do início do século XIX foi palco de várias transformações que contribuíram de forma decisiva para a formação de uma verdadeira identidade nacional e, consequentemente, uma literatura com características mais brasileiras.
A chegada da família real portuguesa em 1808 já era um indício de que aquele seria um século de profundas mudanças na estrutura política, econômica e cultural do país. D. João VI, através de medidas importantes visando ao desenvolvimento nacional, abriu os portos para comércio com o mundo, o que significava a fácil entrada de novas tendências culturais, principalmente europeias. Além disso, criou novas escolas, bibliotecas e museus, e deu incentivo à tipografia, que implicou a impressão de livros, até então feitos em Portugal, e a edição de jornais. O eixo político-econômico-cultural do Brasil sai então de Minas Gerais para ganhar as portas da realeza no Rio de Janeiro, onde nasce um público consistente de leitores principalmente formado de mulheres e jovens estudantes, provenientes da classe burguesa em ascensão.
Enquanto isso, o restante da nação, ainda movido pela estrutura agrária e mão-de-obra escrava, assiste à transição do Colonialismo ao Império.
Era a tão sonhada independência política das correntes de Portugal, numa busca pela liberdade e pelo patriotismo, que iria acolher de braços abertos os ideais românticos.