Romantismo primeira e segunda geração
O Romantismo em Portugal surgiu no século XIX. Nas artes plásticas o romantismo é normalmente encarado como um movimento oposto ao neoclassicismo, por ser uma reação à excessiva racionalidade clássica, negando os princípios de harmonia, ordem e proporção. A questão é, no entanto, um pouco mais complexa, porque ambos se completam e revelam ser as duas fases de um mesmo objeto. É obvio que existem elementos díspares ou mesmo opostos, como sentimento e razão ou o indivíduo versus o todo, mas essas diferenças complementam-se, principalmente nas artes plásticas, porque o movimento neoclássico já é uma atitude romântica ao virar-se para o passado. Quer dizer, o todo só faz sentido com o indivíduo, tal como a razão é inseparável do sentimento, não se podendo por a tônica em nenhuma porque estão interligadas. Nesse sentido o romantismo surge nas artes quase naturalmente quando os artistas se apercebem da impossibilidade de negar certos aspectos da criatividade humana. Pode, então, ser caracterizado como um apelo ao individualismo, exaltando o sentimento, a emoção e a genialidade. Assumiu-se como um movimento cultural que se propunha educar a opinião pública na adoção dos novos valores que moldavam a sociedade burguesa. Valorizava a cultura popular e o passado, visando a procura da identidade nacional e a legitimidade da nova ordem política e social, ao mesmo tempo que dava azo à afirmação do indivíduo, através da exposição dos sentimentos pessoais.
Primeira geração romântica
- Sobrevivência de características neoclássicas;
- Nacionalismo;
- Historicismo, medievalismo.
Almeida Garret, de vida aventuresca e movimentada, parece, à primeira vista, encarnar a própria mentalidade romântica, inclusive pelo modo meio escandaloso de vestir-se. A sua obra apresenta grande variedade, resultante do temperamento inquieto e dos muitos talentos que possuía. Em poesia, publicou