Romantismo Romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas ultimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX, numa época em que o ambiente intelectual era grande rebeldia. Na política, caiam os sistemas de governo despóticos. No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio ás regras. A revolução Francesa é a clímax desse século de oposição. No Brasil, o romantismo coincidiu com a independência política em 1822, com o primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista. Com a liberdade propagada pelos ideais da Independência dos EUA (1776) e da revolução Francesa (1789) infiltrou-se em todas as áreas da sociedade. Na literatura não foi diferente; os escritores da primeira metade do século XIX procuraram romper com os valores clássicos, com o ideário poético da era clássica, visando conquistar liberdade mais acentuada para compor suas obras. Na Europa, surgiram autores que, libertando-se parcialmente dos limites traçados pela poética neoclássica, apresentaram novas concepções literárias. Em suas obras, eles expressaram sentimentos inspirados nas tradições nacionais, falaram de amor e saudade num tom pessoal, realizando uma poesia mais comunicativa e espontânea do que a neoclássica. Era o nascimento do romantismo que foi desenvolvendo-se e enriquecendo-se à medida que se expandia. Assim, acabou adquirindo características tão variadas que se torna impossível descrevê-lo em todas as suas dimensões. No Brasil, percebe-se o desejo de criação de uma literatura nacional. Assim representou a primeira tentativa consciente de se produzir literatura verdadeiramente Brasileira. Abandonou aos poucos o tom lusitano, a fim de dar lugar a um estilo mais próximo da fala brasileira. A poesia romântica é marcada, num primeiro momento, pelo teor patriótico, de afirmação nacional, de compreensão do que era serbrasileiro, ou pela expressão do “eu”, isto é, pela expressão