Romantismo no Brasil
Por Tiago Soriano
O Romantismo surgiu na Europa por volta de 1774, tendo a Alemanha e a Inglaterra como pioneiras dessa nova escola literária, mas coube à França o papel de divulgar o Romantismo. Já no Brasil, o Romantismo inicia-se em 1836, com a publicação Niterói – revista brasiliense, de Gonçalves de Magalhães e também com o lançamento do livro de poesias intitulado Suspiros poéticos e saudades.
Antes de descrevermos os principais escritores do Romantismo brasileiro, apresentaremos um breve resumo do cenário histórico da época. Por volta da segunda metade do século XVIII, a Europa passava por diversas transformações sociais e políticas, devido principalmente à Revolução Francesa e à Revolução Industrial. As antigas relações políticas e sociais estavam agora tomando um novo rumo. Duas classes distintas e antagônicas surgiram: a classe dominante – representada pela burguesia em ascensão; e a classe dominada – representada pelo proletariado. No Brasil também ocorria transformações, e a principal delas é a independência proclamada por D. Pedro I, em 1882, deixando no passado a colonização portuguesa. Por este motivo, surge no Brasil o sentimento de nacionalismo, de exaltação à pátria e de lusofobia. O Brasil tinha necessidade de se autoafirmar-se, esse era o sentimento predominante da época. Para muitos historiadores, o Romantismo brasileiro é considerado como o verdadeiro início da literatura no País.
A principal característica do Romantismo é a oposição ao estilo Clássico. Se durante o Classicismo a arte era de cunho erudito, no Romantismo passa a ser a uma arte de caráter popular, e se antes priorizava o apelo à inteligência, agora volta-se para a imaginação, assim como abandona-se a razão para atender aos sentimentos, tendo assim uma interpretação mais subjetiva, mais pessoal do que impessoal.
Na literatura não é diferente. A literatura romântica corta todos os laços com o Classicismo,