Romance Regionalista

Romance regionalista
O romantismo brasileiro é dividido em três diferentes tipos: urbanista, indianista e regionalista. O romance urbano retrata a elite social e seus costumes e valores, estimulando a produção de livros. O indianista se caracteriza pelo retrato do Brasil exótico, colocando em primeiro plano os índios se relacionando com a natureza exuberante. Já o romance regionalista, no qual nos focaremos, construiu seu estilo sem se basear nos modelos europeus, além de ser altamente nacionalista.

Características

O Romance Regionalista representou a autonomia da literatura brasileira pois abriu sozinho seu próprio caminho, sem se basear nos princípios da Europa. Tem como foco de suas obras as paisagens de um Brasil desconhecido com valores diferentes dos elitistas, retratando uma sociedade rural. Cada região do país é marcada por características específicas (étnicas, lingüísticas, culturais e sociais) que as diferenciam umas das outras, criando uma identidade única. Diferentemente do indianismo, por exemplo, o intuito do romance regionalista era, além de apresentar o Brasil para o mundo, introduzi-lo aos próprios brasileiros.
É importante ressaltar que este projeto literário tinha o homem como foco da história, ao contrário do romance urbanista. Este, por sua vez, era descrito como um ser ignorante e grosseiro, que deveria ultrapassar os obstáculos impostos pela vida e vence-los. Essa idéia pode ser ligada ao conceito do bom selvagem presente nos romances indianistas.

Principais autores

Visconde de Taunay
Nascido no Rio de Janeiro no dia 22 de fevereiro de 1843. Era historiador, escritor, professor, político e sociólogo brasileiro. Participou de guerras e por isso conheceu diversas regiões do Brasil, registrando com desenhos a fauna e a flora dos variados locais. Tinha como uma de suas principais características a contraposição de aspectos como ficção e realidade, valores