Rodas
No dia 4 de abril de 2002 a paz chegou a Angola com a assinatura do acordo de Luanda entre o governo do MPLA e a UNITA. A seguir Angola viveu um "boom" económico graças ao petróleo.
Mas como foi o desenvolvimento social e humano do país? Em 2012, a DW fez um balanço dos dez anos de paz.
Os dois partidos pousaram as armas e puseram, assim, um ponto final a 27 anos de guerra civil. Uma guerra que provocou a fuga de muitos angolanos para outros países. Segundo dados do ACNUR, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados , mais de 600 mil refugiaram-se no estrangeiro e cerca de 4 milhões dispersaram-se pelas regiões do próprio país. Assim, um terço da população do país procurou refúgio fora ou dentro de Angola.
Como tudo começou
A guerra começou com a luta contra o poder colonial. Em 1961 vários grupos iniciaram a luta contra o colonialismo português.
Paz falhada – Bicesse e Lusaka
Em 1991 a UNITA e o governo do MPLA assinam os acordos de Bicesse, uma localidade no Concelho de Cascais na região de Lisboa.
Em 1992 são realizadas as primeiras eleições presidenciais. O candidato do MPLA, José Eduardo dos Santos, saiu vencedor, embora sem maioria absoluta.
Porém, Jonas Savimbi, o líder da UNITA, acabou por não aceitar o resultado e assim nunca teve lugar a segunda volta entre os dois.
A seguir a um ataque das forças do governo contra apoiantes da UNITA e do FNLA em finais de outubro de 1992, o chamado "massacre de Halloween", o país entrou novamente em guerra.
Mais um protocolo de paz é assinado em Lusaka, na Zâmbia, em 1994. Mais um fracasso – a guerra continuou.
Em fevereiro de 2002, Jonas Savimbi, considerado a pessoa mais carismática da oposição em Angola, é morto pelos soldados governamentais no leste de Angola
A 4 de Abril de 2002 assinou-se o acordo da paz que dura até agora- 2012. Quando a guerra acabou, Vitor Pedro, um homem que lutou ao lado da UNITA durante 17 anos, disse o seguinte: "O