Robert Cox TPM
Teoria é sempre para alguém e para algum propósito. Todas as teorias têm uma perspectiva. Perspectivas derivam de uma posição social e política em determinado tempo e espaço. O mundo é visto de um ponto de vista definido em temos de nação ou classe social, de dominância ou subordinação, do aumento ou declínio do poder, de uma sensação de imobilidade ou de atual crise, de uma experiência passada e de esperanças e expectativas para o futuro. (COX, Robert W. Social Forces, States and World Orders: Beyond International Relations Theory, p. 128).1
A partir disso, ele estabelece diferenças entre as teorias tradicional e crítica. A primeira descreve o mundo como um agregado de fatos que aguardam ser descobertos pelo uso da ciência. O mundo social seria então uma zona para dominação e controle; havia um incentivo a manipulação humana. A segunda, em contrapartida, considera os fatos como estruturas históricas e sociais elencadas; e, ao empasse que promove a emancipação política, adquire função de debate público e é normativa. E, à medida que a Teoria Tradicional segue a neutralidade, a Teoria Crítica não, pois, de acordo com Cox, todo conhecimento transparece singularidades de quem o realiza. Além da emancipação política, a perspectiva da Teoria Crítica para Robert Cox é a transformação da ordem nacional nos âmbitos que abrangem o social, político e econômico. (SILVA, Marco Antonio, 2005, p. 249). Atrelado a isso, nasce a ideia das ontologias. Sobre estas, Robert Cox descreve “na busca de uma alternativa de conhecimento, é bom começar entendendo como chegamos aqui, e depois olhar para os problemas que se aglomeram