Rituais valores cultura de angola
O resgate dos valores morais, cívicos e culturais devia ser feito em línguas nacionais, revalorizando-as ao mesmo tempo. Assim, matavam-se dois coelhos com uma só cajadada – como se diz.
No que diz respeito à língua, as famílias devem ter o cuidado de criarem seus filhos nas suas línguas. Pois, uma língua que não é falada pelas crianças tende a desaparecer, como acontece actualmente com a língua Kimbundu.
O Kimbundu é a língua falada pelo povo da etnia do mesmo nome que habita a faixa de terra estendida entre Luanda, Bengo, Kwanza-Norte e Malange.
Outrora, o Kimbundu era falado na capital de Angola (Luanda). Hoje, raras são as pessoas que o falam. Mesmo os próprios donos da referida língua têm dificuldades de a falar genuinamente.
As línguas nacionais devem ser ensinadas nas escolas localmente e faladas pelos governantes e pelas populações e usadas na função pública e privada a todos os níveis.
Por seu lado, os nomes traduzem a origem de uma pessoa. Os colonialistas viveram muitos anos nos países colonizados, mas não adoptaram os nomes dos colonizados e não abandonaram os seus nomes de origem. No caso preciso dos portugueses que colonizaram Angola durante cerca de cinco séculos (cerca de 500 anos), eles não adoptaram os nomes bantu deste país.
Para perverter os valores culturais bantu, os colonialistas impuseram aos indígenas os nomes europeus, dizendo que os nomes bantu eram de atrasados, cães, macacos, matumbos e sanzaleiros.
Criaram um complexo de inferioridade entre os autóctones, que foram incitados a rejeitar os seus nomes e a sua originalidade.
Hoje, pelos nomes, muitos Angolanos confundem-se com os europeus.
Aqueles que têm nomes bantu, estes (nomes) são adulterados de maneira a aportuguesá-los. Em vez de Nkanga (Kanga ou Canga, amarrar, prender, apreender, deter). Mpanzu por Panzo,