Ritos de passagem
CURSO DE FISIOTERAPIA
RITOS DE PASSAGEM: TROTE
Lane Carla Alves de Matos
Professor: Frank Davies
Rio de janeiro
2013
Ritos de Passagem: O TROTE
Muitas vezes, quando pensamos em ritual, duas idéias nos vêm à mente: por um lado, a noção de que um ritual é algo formal e arcaico, quase que desprovido de conteúdo, algo feito para celebrar momentos especiais e nada mais; por outro lado, podemos pensar que os rituais estão ligados apenas à esfera religiosa, a um culto ou a uma missa. Ora, nenhuma das duas idéias é exata. Entretanto, as idéias que temos sobre alguns temas – essas que não são necessariamente corretas – podem igualmente nos ajudar a pensar sobre o porquê destes “sensos comuns” perdurarem e porque eles são geralmente associados aos momentos apenas formais ou religiosos de nosso cotidiano.
Segundo alguns autores, nossa vida social é marcada por um eterno conflito entre dois opostos: ou o caos total, onde ninguém segue nenhuma regra ou lei, ou uma ordem absoluta, quando todos cumpririam à risca todas as regras e leis já estabelecidas. A visão destes opostos não deixa de ser engraçada: alguém consegue imaginar nossa sociedade funcionando de uma destas maneiras? É evidente que não. Entretanto, uma solução de consenso é alcançada por todas as sociedades, quando a coletividade consegue – ou tenta – trazer os diversos acontecimentos diários que envolvem os indivíduos para dentro de uma esfera de controle e ordem, esfera esta coletiva, social.
Os rituais, nesse sentido, concedem autoridade e legitimidade quando estruturam e organizam as posições de certas pessoas, os valores morais e as visões de mundo. Os rituais emprestam formas convencionais e estilizadas para organizar certos aspectos da vida social, mas por que esta formalidade? Ora, as formas estabelecidas para os diferentes rituais têm uma marca comum: a repetição. Os rituais, executados repetidamente, conhecidos ou