Ritos de Passagem (antropologia)
Os ritos de passagem possuem uma simbologia muito grande e são de extrema importância na vida do homem inserido em uma sociedade. Tais ritos marcam a mudança de status do indivíduo, e essas mudanças podem ser de cunho religioso ou não, tratando-se sempre de uma iniciação.
O nascimento, a morte, aprovação no vestibular, formatura, casamento, e batizado são alguns exemplos de muitos ritos de passagem. O nascimento é um dos principais ritos e entende-se que a criança após o parto é considerada viva por características físicas e biológicas mas a sua recepção pela comunidade só é dada através dos ritos realizados após esse momento.
Para o antropólogo francês Arnold Van Gennep, a passagem de um estado para outro é dividia em três momentos: a separação (momento em que o indivíduo sai do seu estado anterior), a liminaridade (momento entre o estado anterior e o estado posterior), e a agregação (começo do novo estado). O momento fundamental da passagem é o da liminaridade, pois nele não se contém status, nem posições, gerando assim uma indefinição crítica.
Nas sociedades primitivas, o ideal de humanidade existe num plano sobre-humano, sendo assim, o indivíduo só é considerado um homem de verdade, após morrer nessa vida natural e renascer para uma nova vida (cultural e religiosa). Essa iniciação é marcada pelos ritos iniciáticos que variam de acordo com as diversas sociedades e crenças.
São variadas as formas de iniciações nas sociedades primitivas, algumas separam o iniciado de sua família o colocando numa selva, em outras os neófitos são submetidos a torturas, em algumas o ritual se dá por picadas de animais peçonhentos, outras por cantos fervorosos e coreografias. Outro exemplo são as sociedades masculinas e femininas, que não usam apenas fatores biológicos (puberdade) para selecionar a participação dos neófitos na tribo e é marcada por fortes rituais de iniciação.
Apesar de muitos pensarem que os ritos de passagem existem e desempenham um