Riscos químicos
Os riscos físicos e químicos, a exemplo dos biológicos, têm representado uma importante ameaça à saúde dos trabalhadores que exercem suas atividades em ambiente laboratorial, predispondo-os à ocorrência de acidentes de trabalho que podem acarretar o afastamento temporário ou definitivo do trabalho.
O conceito de risco é bidimensional, representando a possibilidade de um efeito adverso ou dano e a incerteza da ocorrência, distribuição no tempo ou magnitude do efeito.
Pode ser considerado como uma condição ou conjunto de circunstâncias que tem o potencial de causar um efeito adverso como; morte, lesões, doenças ou danos à saúde, à propriedade ou ao meio ambiente.
Os fatores de risco podem ser classificados, de acordo com sua natureza, em ambiental, que engloba os riscos físicos (radiação, ruído, vibração, temperatura, umidade, etc.), químicos (substâncias químicas, poeiras, gases, vapores, etc.) e os biológicos (vírus, bactérias, fungos, etc.); situacional, que abrange as instalações, ferramentas, equipamentos, materiais, operações, etc.; humano e comportamental, decorrentes da ação ou omissão humana1.
É nesse contexto que o conceito de vulnerabilidade se desenvolve.
Pode ser resumido como sendo o movimento de considerar a chance de exposição das pessoas ao adoecimento como a resultante de um conjunto de aspectos não apenas individuais, mas também coletivos, contextuais, que acarretam maior suscetibilidade à infecção e ao adoecimento e, de modo inseparável, maior ou menor disponibilidade de recursos de todas as ordens para se proteger de ambos2.
As análises de vulnerabilidade envolvem a avaliação articulada de três eixos interligados: componente individual, que diz respeito ao grau e à qualidade da informação que os indivíduos dispõem sobre o problema, à capacidade de elaborar e incorporar essas informações aos seus cotidianos de preocupações e ao interesse e às possibilidades efetivas de transformar essas preocupações em práticas