Riscos psicossociais
As constantes mutações das condições sociais, económicas, práticas de trabalho, processos de produção e de evolução tecnológica têm obrigado a nossa sociedade a um constante processo de adaptação. Consequentemente surgem Riscos emergentes com especial incidência para os Riscos Psicossociais, como o Stresse relacionado com o Trabalho, a Violência e o Assédio moral, surtindo efeitos negativos na sociedade. Os obstáculos para a abordagem dos Riscos Psicossociais são a consciência da delicadeza do assunto, em conjunto com a falta de sensibilização, principalmente da Gestão de Topo, dos Líderes, e a falta de recursos na maioria das empresas. São vários os factores que contribuem para os Riscos Psicossociais, nomeadamente a nível das empresas, a falta de comunicação entre as chefias (Gestão de Topo) e os outros colaboradores, atribuição de excessivas responsabilidades sem qualquer retorno (regalias ou outros), má organização dos trabalhos (atribuição de tarefas), excessivos volumes de trabalho, falta de trabalho em equipa (cooperação), ausência de desafios (trabalhos rotineiros), entre outros. Sobretudo a ideia fundamental é que a tendência da maioria das empresas é olhar para a própria organização e não para o trabalhador enquanto indíviduo. Na própria Organização existem indicadores que nos permitem retirar algumas conclusões quanto à presença/manifestação de Riscos Psicossociais, tais como o índice de horas extraordinárias, as taxas de acidentes, de doença e de absentismo. Índices esses que nos poderão ajudar a monitorizar as Medidas Preventivas implementadas, bem como avaliar a sua eficácia. Além deste tipo de indicadores, existem outros de cariz fisiológico (lípidos no sangue e a hormona do stresse, o cortisol). O Stresse pode induzir, quando este se prolonga, para além do tempo “ideal” (Stresse positivo) a uma alteração do metabolismo dos lípidos, prejudicando o sistema cardiovascular, tal como à secreção do cortisol