Riscos nas industrias de alimentos
O Brasil é um dos países com maior número de acidentes de trabalho de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no plano mundial estima-se que ocorram anualmente 2,2 milhões de mortes relacionadas ao trabalho, 250 milhões de acidentes e 160 milhões de doenças ocupacionais.
Do ponto de vista legal, o conceito de acidente considera a ocorrência de um fato que leve a lesão, morte ou perda de capacidade de um trabalhador, temporária ou permanentemente. O conceito prevencionista leva em conta toda ocorrência não programada que interrompa o andamento normal do trabalho, podendo resultar em danos físicos e/ou funcionais, ou morte do trabalhador e/ou danos materiais e econômicos à empresa e ao meio ambiente.
Em relação ao setor de atividade econômica, os dados oficiais mostram que, em 2009, o setor de alimentos e bebidas foi o que registrou o maior índice de acidentes na indústria, com 66.554 acidentes, correspondendo a 9,20% dos acidentes do setor, número maior que a o setor da construção, que ficou em 2º lugar com 54.142 acidentes.
O aspecto da segurança do produto é sempre um fator determinante para a indústria de alimentos, pois qualquer problema que ocorra pode comprometer a saúde do consumidor.
Os trabalhadores que lidam com a produção e/ou processamento de alimentos desenvolvem atividades que demandam cuidados acentuados em relação ao controle dos produtos e que podem acarretar desgastes emocionais e psicológicos. O ritmo de produção influencia diretamente o desenvolvimento da atividade e, consequentemente, a qualidade do produto, sendo ainda fator determinante para a ocorrência de acidentes.
As condições de trabalho e a saúde dos trabalhadores da Indústria alimentícia
Fruto desta nova política de produtividade, competitividade e diversidade, os trabalhadores do ramo da alimentação acabaram sofrendo os impactos destas novas regras e processos produtivos em suas atividades e ambientes ocupacionais.
Submetido a este quadro