Riscos ergonômicos e psicossociais

RISCOS OCUPACIONAIS ERGONÔMICOS E PSICOSSOCIAIS

Várias são as características anatômicas e fisiológicas que nos levam a considerar o corpo humano uma máquina feita para o trabalho. Ele possui ossos resistentes capazes de sustentar toneladas de peso antes de se quebrarem, músculos presos estrategicamente em pontos do esqueleto através de tendões tão resistentes quanto cabos de aço e capazes de realizar desde movimentos sutis até movimentos mais amplos com apenas pequenas polegadas de encurtamento. Tudo isso conectado a um sistema por meio de nervos ligados diretamente ao cérebro, órgão vital para todo o funcionamento do corpo e que tem a oferecer ao trabalho áreas especializadas na comunicação, coordenação, raciocínio rápido, reflexos e respostas precisas das quais toda atividade de trabalho precisa.

Porém, toda máquina quando cobrada aquém das suas capacidades e possibilidades tende a apresentar problemas, e aqueles causados à máquina humana por repetição de movimentos, posturas inadequadas, carregamento e deslocamento de peso constantes, ritmo intenso, cobrança excessiva por produtividade, entre outros, faz com que a maioria dos trabalhadores necessite de afastamentos temporários ou definitivos da sua atividade ocupacional induzidos pelos efeitos nocivos destas causas aos seus organismos.

Estima-se que atualmente as doenças osteomusculares representem cerca 56% das causas de afastamentos do trabalho, sendo atualmente estas doenças personificadas com a sigla D.O.R.T (Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho) no lugar da L.E.R (Lesões por Esforços Repetitivos). Estes distúrbios estão caracterizados por sérias repercussões à saúde dos tendões, músculos, cápsulas articulares, ligamentos, cartilagem e extremidades ósseas das articulações.

Por sua vez as doenças do sistema nervoso e órgãos dos sentidos respondem por cerca de 20,8% das causas de afastamento ocupacional, traduzindo as repercussões negativas das jornadas de trabalho exaustivas e mal