Risco em energia eólica
A presença da energia eólica na matriz energética brasileira tem crescido abruptamente nos últimos anos, particularmente por efeito dos Leilões de contratação de Energia Nova no Mercado Regulado, Energia de Reserva, para todo o Sistema e devido a incentivos do governo. A capacidade instalada é estimado um crescimento de 1.8GW em 2012 para aproximadamente 11.5GW em 2020. Não obstante, a energia eólica ainda se depara com alguns obstáculos para a comercialização, principalmente no Mercado Livre, pois neste caso o risco de comercialização é assumido integralmente pelo investidor, enquanto que no mercado regulado importante parcela do risco é assumida pelas Distribuidoras, que depois podem repassar as consequências financeiras aos Consumidores. Um fator desencorajador aos geradores eólicos na negociação no mercado livre é a combinação de incertezas sobre a sua geração, que são intermitentes por natureza, bem como a dificuldade de obtenção de mecanismos de proteção (“hedge”) para gerenciar adequadamente essas incertezas.
Aqui se inicia uma análise dos riscos inerentes a comercialização de energia eólica e os riscos financeiros que as empresas enfrentam ao investir nesse tipo de energia em busca de lucros financeiros.
2. Objetivo
2.1. Analogia para as Usinas Eólicas
Supõe-se agora um sistema com uma parcela representativa de plantas eólicas. Estas não possuem reservatório de armazenamento e regularização, como no caso das hidráulicas que não são a fio d’água, possuindo um custo de manutenção baixo (que pode ser desprezado para efeito prático de comparação, e o será nas simulações feitas nesse estudo) e nenhum custo de combustível. Pode se dizer, portanto, que tais usinas seriam tratadas como térmicas com custo de operação nulo. Assim sendo, a operação antes proposta ficaria como segue:
i. Dado o armazenamento do reservatório no início do mês e a vazão afluente do mês anterior, obter o correspondente preço “Spot” do sistema;
ii.