RIOCENTRO

Introdução Sobre o Atentado ao Riocentro Em 1981, enquanto ocorria um show de musica popular brasileira homenageando o dia do trabalho duas bombas explodiram no Riocentro. A primeira bomba explodiu no interior de um veiculo a 120 metros de distancia da cantora Elba Ramalho que abria o show promovido pelo Centro Brasil Democrático. A segunda bomba explodiu 10 minutos depois na casa de força do Riocentro que não alcançou o objetivo dos terroristas que era apagar as luzes do local causando pânico e mortes. Nos meses anteriores, os atentados a bombas em bancas de revistas repetiram os de 1980 e houvera uma explosão na casa do deputado Marcelo Cerqueira (PMDB), no Rio. Mas o que se dá no Riocentro extrapola todas as proporções dos atos anteriores. Se o plano terrorista desse certo seriam milhares de mortos, incluindo talvez pessoas de projeção. O estrago no processo de abertura teria sido grande, até porque consta que havia outras bombas que não explodiram. O "acidente de trabalho" evitou o pior. Os passageiros do veiculo em que a primeira bomba foi explodida eram o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que morreu na hora, e o Capitão Wilson Luiz Chaves Machado, que ficou gravemente ferido. O veiculo estava cheio de explosivos e os policias encontraram partes do corpo de seus ocupantes a 50 metros de distancia do veiculo. Os Policiais não queriam que a mídia documentasse sobre o ocorrido e, portanto isolaram a área evitando fotografar, duplicaram o policiamento na área só para que as noticias não se espalhassem. O caso Riocentro foi uma das últimas tentativas efetuadas por militares da linha-dura do exército brasileiro para conter o lento e gradual processo de abertura política iniciado nos finais na década de 1970. Insatisfeitos com a possibilidade de o país voltar a ter eleições representativas diretas para cargos eletivos, grupos mais reacionários, e desejosos da continuação do controle militar das instituições estatais, passaram a realizar uma série de