Rio e megaeventos

Com a chegada dos grandes eventos internacionais ao Rio de Janeiro, a moral do carioca anda em alta. E não é por menos; sediar as Olimpíadas e a final da Copa não é pouca coisa. Mas confesso que ando me questionando se o Rio realmente terá competência para tais tarefas. Será que seremos vistos como mais uma cidadezinha subdesenvolvida da América Latina ou uma a rumo do pleno desenvolvimento? Uma coisa é certa, as coisas por aqui estão mudando, lentamente, mas estão. Há trinta anos, era inimaginável que de uma cidade falida se ergueria como símbolo do crescimento econômico do país.
Infelizmente, mesmo com todos os investimentos que a cidade vem ganhando, ainda percebemos muita pobreza. Talvez o exemplo mais simbólico sejam as favelas cariocas, um claro abandono do Estado aos mais necessitados e carentes. A política que sempre se adotou foi a da violência, repreensão e a de que “bandido bom é bandido morto”. O resultado não poderia ser outro; fracasso total por parte dos governos no combate à violência. Essa imagem está começando a mudar com a implantação das UPPs. Mas não se enganem, por trás dessa fachada ainda há muita corrupção e agressividade.
Para descobrimos o porquê dessa situação, não precisamos de um Sherlock Homes, e sim estudar os fatos que a História e a Sociologia nos revelam. Uma professora do primário me disse certa vez, que para entendermos o presente e o futuro, temos primeiro que entender o nosso passado. Só com o passar dos anos, pude realmente compreender o que ela quis dizer. Talvez seja por esse motivo que as Ciências Sociais tanto me fascinam.

Gabriel Prata