Rio Paraíba do SUl
A importância do Rio Paraíba do Sul é praticamente desconhecida por grande parte da população. Na opinião de algumas lideranças esse é o motivo para que exista dificuldade em conseguir recursos para a recuperação e preservação da bacia do rio. De acordo com Josemar Coimbra, coordenador regional da Serla (Fundação
Superintendência Estadual de Rios e Lagoas), o Rio Paraíba pode ser considerado como a fonte de vida de toda a região sudeste. “O rio é de importância direta para milhões de pessoas, inclusive no Grande Rio e na capital”, disse Coimbra.
O Rio Paraíba cede mais da metade de suas águas para o Rio Guandu, que é responsável por cerca de 80% do abastecimento de água potável da região metropolitana do Rio. Por isso, sua recuperação e manutenção são essenciais.
A transposição da água acontece em Barra do Piraí, através da elevatória de
Santa Cecília, que foi construída nos anos 50. “Naquela época, a única preocupação era a geração de energia, e não a qualidade da água que era oferecida. Hoje em dia já é preciso pensar nisso”, afirmou Coimbra.
A água do rio é tratada na Estação Guandu, localizada em Nova Iguaçu, que foi considerada recentemente pelo livro dos recordes como a maior estação de tratamento de água do mundo em produção contínua.
Formado pela confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna, o rio Paraíba do
Sul nasce na Serra da Bocaina, no Estado de São Paulo, fazendo um percurso total de 1.120 km, até a foz em Atafona, no Norte Fluminense. A bacia do rio Paraíba do
Sul estende-se pelo território de três estados - São Paulo, Minas Gerais e Rio de
Janeiro - e é considerada, em superfície, uma das três maiores bacias hidrográficas secundárias do Brasil, abrangendo uma área aproximada de 57.000 km².
No Estado do Rio de Janeiro, o rio Paraíba percorre 37 municípios, numa extensão de 500 km, praticamente quase a metade do território do Estado. Sua importância estratégica para a população fluminense pode ser avaliada