O autor analisa o r�pido processo de urbaniza��o que ocorre na segunda metade do s�culo XIX; na Inglaterra h� um quadro social em que 10% da popula��o detem 90% da riqueza, e metade da popula��o mais pobre tem apenas 3% da riqueza nacional; e ele se pergunta: o que explica a falta de uma revolu��o ? Ele considera que um dos fatores � o esp�rito individualista que surge nas cidades: "Cada pessoa age como se fosse estranha � sorte dos demais. Nas transa��es que estabelece, mistura-se aos seus concidad�os, mas n�o os v�; toca-os, mas n�o os sente; existe apenas em si mesmo e somente para si mesmo. Assim, sua mente guarda um senso familiar, n�o um senso social". (Tocqueville) O individualismo traz a perda da no��o de destino e compartilhado e apatia dos sentidos; s�o as caracter�sticas da modernidade: velocidade e individualismo. As cidades do s�culo XIX s�o planejadas com �nfase para a livre circula��o de multid�es e mercadorias (largas avenidas para agilizar o transito) e buscam desencorajar a aglomera��o de grupos organizados (pra�as concebidas como pulm�es; espa�o para vegeta��o dificulta a aglomera��o). Na Fran�a de Napole�o III o bar�o Haussmann faz uma remodela��o urbana; largas avenidas fracionam os bairros populares para facilitar o acesso de carro�as militares; o centro urbano deixa de ser um local de moradia. O tra�ado das vias principais prioriza o transporte de mercadorias; o acesso dos bairros pobres ao centro � dificultado. O metr� opera uma revolu��o em Londres: as classes populares, antes precariamente instaladas em guetos pr�ximos da �rea central, passam a morar em melhores condi��es em bairros mais afastados; os pobres agora s� freq�entam o centro para trabalhar e fazer compras. CONFORTO O autor v� duas motiva��es na tecnologia do conforto: a busca de repouso para se recuperar da crescente fadiga produzida pelo trabalho industrial; e a individualiza��o do repouso (m�veis que outrora destinavam-se a