richard long
No final dos anos 60, Long começou a questionar as formas tradicionais de expressão artística, nomeadamente ao nível da escultura e tentou libertar-se dos limites impostos pelos espaços de exposição das galerias ou dos museus, elegendo o território natural como suporte e material para as suas ações artísticas. Rapidamente se tornou, a par de Hamish Fulton, no expoente máximo do movimento da Land Art em Inglaterra. Contrariamente aos artistas americanos da Land Art, como Walter de Maria ou Robert Smithson que denunciam a preferência pela grande escala, a obra de Long caracteriza-se pela pequena dimensão das intervenções e pela simplicidade das manipulações do meio natural. O fundamento e objetivo básico do seu trabalho é a reflexão sobre os conceitos de natureza e sobre o processo de transformação do espaço natural pelo homem. Grande parte da sua obra resultava das inúmeras viagens ou passeios que fez por todo o mundo. O artista assinalava as viagens deixando ao longo do percurso ou em determinados locais esculturas simples realizadas com pedras, troncos ou algas encontrados no caminho, como é o exemplo da instalação "Uma linha no Japão" (realizada em 1979), uma escultura simples realizada com pedras recolhidas durante uma escalada a uma montanha japonesa.
Estes trabalhos, de carácter efémero são representados em fotografias, esquemas ou textos que constituem geralmente os únicos testemunhos das obras e o meio de as relacionar com o público.
A partir dos anos setenta, Long produz esculturas e instalações permanentes para espaços interiores onde desenvolve as suas experiências anteriores ao nível do recurso a composições geométricas simples (linhas, círculos, espirais) e do emprego