Reúso de Água e Efluentes
A escassez de recursos hídricos, resultante da demanda excessiva e de processos de poluição, se tornou um dos principais problemas dos grandes centros urbanos e industriais de vários países.
Em muitos casos, como na região metropolitana de São Paulo, a opção normalmente utilizada pelos responsáveis pelo abastecimento de água enfatiza o desenvolvimento de novas fontes para captação e tratamento de água, em regiões cada vez mais distantes. Embora seja uma opção que possibilita a atenuação dos problemas relacionados à escassez de água, pelo menos em curto prazo, a mesma não pode ser considerada como a melhor, principalmente pelas seguintes razões:
Há uma elevação no custo da água para os consumidores finais;
Caso não seja criada uma estrutura compatível para a coleta e tratamento dos esgotos gerados, os recursos hídricos da região acabam sendo comprometidos, colocando em risco a sua utilização;
Com o aumento da extensão do sistema de transporte de água ocorre um aumento nas perdas ao longo do trajeto.
Além disso, a organização das várias regiões hidrográficas em comitês de bacias cria dificuldades para que se possa fazer a transposição de água de uma região para outra.
Como alternativa à opção de importação de água de outras áreas é necessário adotar estratégias que priorizem a conservação dos recursos hídricos disponíveis na região.
Utilizar os recursos hídricos disponíveis de uma maneira mais eficiente é uma das formas mais sensatas para minimizar as pressões sobre os mesmos, a qual deve ser sempre priorizada. Contudo, mesmo com a adoção de medidas que visem otimizar e reduzir o consumo de água nas diversas atividades humanas torna-se necessário adotar medidas complementares, podendo-se, nestes casos, lançar mão da prática de reúso de água e efluentes.
Embora seja uma opção que tem grande potencial para reduzir as pressões sobre os recursos hídricos disponíveis, a prática de reúso deve ser devidamente planejada, para que não sejam