Rezenha filme 400 contra 1
A historia brasileira contracenada no filme 400 contra 1, dirigido por Caco Souza, relata sobre os anos da ditadura.
O filme relata o inicio da organização do Comando Vermelho, que se iniciou no presídio de Ilha Grande, fazendo com que a organização fizesse arrastões e sendo a facção conhecida no noticiário. O professor é quem articula as bases do Comando Vermelho, como a paz, não trazendo diferenças das ruas para a prisão; a justiça, olho por olho, dente por dente; e a liberdade, que era a fuga como o objetivo principal.
É um período fundamental na historia do nosso país, são os anos em que os futuros Comando Vermelho dividem espaço com os presos políticos durante a ditadura, para antepor a ética dos presos comuns à falta de escrúpulos da repressão.
É fato que os integrantes não assimilaram a ideologia socialista dos presos políticos, eles só levaram para as ruas a organização e a disciplina revolucionaria, o objetivo era levantar dinheiro para a fuga em Ilha Grande, comprar mais armas e trazer mais soldados para o Comando Vermelho. Queriam revolucionar o crime no país.
As conquistas ditas coletivas dos bandidos são, no fundo, as vitorias pessoais, e o que é vendido como filosofia é na verdade apenas vaidade.
Quase dois irmãos recorrem ao episodio para fazer uma reflexão sobre a sociedade brasileira, 400 contra 1 se contenta com um usá-lo para heroificar o Comando Vermelho.
A trajetória é acompanhada ao longo de suas histórias pessoais, sempre conectadas a um fundo político e centradas em dois momentos básicos: a convivência na Ilha Grande, onde foram enquadrados na mesma Lei de Segurança Nacional, respectivamente por motivos políticos e por assalto, e o reencontro na atualidade, quando um virou deputado federal e o outro, líder do Comando Vermelho.
Assim, mais do que fazer uma simples relação de certos aspectos do Brasil sob a repressão dos militares, coloca dilemas que nos flagelam hoje, com a cisão entre a classe média