Revoluções no mundo arábe
O estopim para as revoluções populistas contra governos ditatoriais e corruptos iniciou-se no dia 17 de dezembro de 2010, sexta feira sagrada para os mulçumanos. Mohamed Bouazizi, cidadão comum de classe baixa que honestamente tentava ajudar sua família a viver, vendia frutas em um carrinho. As autoridades deram por ilegal a venda e confiscaram o único meio encontrado para a sobrevivência da família. Mohamede tentou reclamar com o governo local, porém além de ser humilhado tentaram extorquir o dinheiro suado do trabalhador. Desesperado e revoltado com a situação manifestou-se em frente ao prédio do governo ateando fogo no próprio corpo. Infelizmente não sobreviveu para ter consciência de que sua atitude foi o prelúdio para luta pela democracia.
Na disputa pelo domínio do petróleo destaca-se Muamar Gaddafi, que permaneceu 42 anos no poder. O governo do ditador foi desprovido de qualquer princípio cidadã democrático, contudo a enganadora economia crescente falseava melhoria de vida na população. A internet teve papel importante na convocação das manifestações na Líbia, que foram reprimidas com extrema violência segundo a ordem de Gaddafi. As pressões internacionais, a ação da ONU e o apoio da OTAN determinaram o mandato internacional de captura e prisão contra o líder líbio por crimes contra a humanidade. Gaddafi temendo a reação dos líbios refugiou-se agravando a revolta da população que ao encontra-lo agiu com a mesma violência que foi reprimida. O medo pairou sobre os outros ditadores que logo renunciaram.
O período da Guerra fria facilitou a implantação de regimes de partido único além não favorecer nenhuma atitude política devido à