Revoluções de 1848
Em 1848, preparava-se uma revolta popular que colhia alguma simpatia por parte da burguesia. A burguesia industrial nomeadamente conseguiu o direito de sufrágio e a redução do censo eleitoral, os operários reclamavam a instauração de uma República e exigiam uma reforma. Com isso a revolta tinha uma petição com 5 milhões de assinaturas.
Os revoltosos combinaram diversas reuniões,entre as quais se destacou o banquete público da oposição de 22 de Fevereiro de 1848, que o governo tentou impedir que se realizasse. A burguesia afastou-se dos operários; contudo, estes, juntamente com artesãos e estudantes, concentraram-se no local combinado. O apelo à rebelião foi lançado por adeptos do sufrágio universal, partidários de reformas sociais e uma minoria socialista, sob a liderança deLouis Blanc, que tinham conseguido escapar às autoridades. Centenas de milhares de insatisfeitos com o desemprego, mas sem um programa político claro, descobriram que queriam derrubar o governo do rei Luís Filipe, de seus ministros e de todo o sistema econômico que os enriquecia às custas dos trabalhadores. No dia seguinte, o centro de Paris estava cheio de barricadas que assustaram os burgueses moderados da oposição. O rei demitiu Guizot na esperança de aplacar a revolta, mas a multidão voltou a protestar e, na madrugada do dia 24, foi atacada a tiros pela Guarda Nacional. Na fuzilaria morreram cerca de 500 pessoas. Os cadáveres foram colocados em carros iluminados por tochas e desfilaram pelo centro de Paris, alimentando a insurreição, dando início a uma luta aberta que se estendeu por toda a cidade. Soldados da Guarda Nacional, enviados para reprimir os manifestantes, uniram-se a eles.
O governo ensaiou oferecer reformas de esquerda para controlar a rebelião que aumentava de proporções, mas já era tarde. Na manhã do dia 24 de Fevereiro, quando inspecionava as tropas, o rei foi vaiado por elas. Os insurrectos controlavam os arsenais. À tarde, já corriam