Revolução e consciência de classe
Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas – FFLCH
Nome: Raphael Teixeira Motta Crispim NUSP: 6838986
Professor Jorge Grespan
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Revolução e Consciência de Classe
O Marxismo foi diversamente revisado e criticado no decorrer da história ora no intuito de aprimorá-lo ora no intuito de contestá-lo. O marxismo ortodoxo, no entanto, surge como um método de explicação histórico onde esta mesma ortodoxia se apresenta enquanto tal no que se refere ao seu método de abordagem não significando, absolutamente, nas palavras de Lukács, “uma fé numa ou noutra tese, nem a exegese de um livro sagrado”. Trata-se, então de se acreditar que fora encontrado um método correto de investigação. Este método vai definir, antes de tudo, que a história surge do conflito de classes. Este conflito, portanto histórico, fundamenta-se na ideia da exploração do trabalho de uma classe por outra e na interdependência de ambas neste processo de relacionamento. Marx sendo teórico preocupado com a história da evolução do capitalismo enquanto modo de produção aponta como relação contraditória fundamental do sistema aquela estabelecida entre proletário e capitalista, burguês. Faz-se necessário deter um pouco o avanço desta análise para se compreender mais profundamente as origens desta contradição. Este princípio antagônico estabelecido no interior do modo de produção capitalista baseia-se, nas palavras de Adorno em uma lógica “daqueles que embolsam o lucro e daqueles pelos quais em última instância o lucro é feito, dos quais, portanto ele surge”. Esta sociedade capitalista não se estabelece, conserva e se propaga deste modo pura e simplesmente apesar deste antagonismo, “o todo não permanece vivo apesar do antagonismo” a sociedade capitalista, na verdade, se define “mediante o antagonismo”. Estabelece-se um princípio de troca e de necessidade imposto a todos os indivíduos em que