Revolução Social Cultural - A Era dos Extremos
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA
CURSO: BACHARELADO EM HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO TEMPO PRESENTE
PROFESSORES: MARCIANO V. DE ANDRADE E ELIZÂNGELA B. CARDOSO
ALUNA: JÉSSICA MA VIE RODRIGUES
1ª AVALIAÇÃO
Hobsbawn ao analisar as mudanças ocorridas dos anos 50 a 80, não desassocia o econômico, o social e o cultural. Sendo assim, elenca características nesses três aspectos que se modificaram nessa época rica em transformações aceleradas.
Quanto ao social, ele apresenta 4 tópicos principais de mudanças aceleradas no Ocidente que contribuíram para mudança cultural. O primeiro seria o declínio do campesinato, com o aumento da população urbana mundial. O segundo seria a universalização do ensino básico e crescimento vertiginoso do superior, o que permitiu surgir algo inédito: estudantes como força política, essencialmente por serem insatisfeitos com a realidade que possuíam, tendo em mente que ela poderia ser bem melhor, apesar de usufruírem da Idade do Ouro ocidental. O terceiro seria a descaracterização dos operários tradicionais, que ou mudaram de função ou perderam a solidariedade por conta de segmentações cada vez maiores empurradas pelo avanço tecnológico e especialização do trabalho industrial.
Concluindo o tema, o autor destaca o movimento de mulheres, feminismo, que refloresceu entre as camadas médias urbanas e que fizeram as mulheres se organizarem em torno de demandas de gênero (como a lei do divórcio, por exemplo) e a repensar seu papel – “nas expectativas das mulheres sobre elas mesmas, e nas expectativas do mundo sobre o lugar delas na sociedade” (p.307). Hobsbawn destaca o papel do feminismo e das mudanças ocorridas entre as mulheres (aumento do número de mães solteiras e de mulheres que ingressaram no mercado de trabalho) porque a revolução social e cultural girou em torno da família tradicional e nas atividades domésticas em que as mulheres sempre tenham sido o elemento central.
A Revolução Cultural foi então uma