revolução russa
Lenine e Estaline
Revolução Soviética
A Rússia nas vésperas da Revolução
Nos princípios do século XX a Rússia apresentava, ainda, características do Antigo Regime, tanto no aspecto político, como nos aspectos económico e social.
Sob o ponto de vista político a Rússia estava submetida a um regime autocrático e absolutista. O czar Nicolau II governava o país desde 1881, rodeado de uma corte onde reinava o luxo e a corrupção. O seu governo era apoiado pelo exército e pela Igreja Ortodoxa.
No aspecto económico a Rússia era um país pobre: predominava a agricultura tecnicamente atrasada e, por isso, com fracos rendimentos; a indústria era ainda reduzida, dependia de capitais estrangeiros e concentrava-se apenas em algumas cidades.
No que diz respeito aos aspectos sociais, nobreza e o clero eram os grupos privilegiados, concentrando na sua posse mais de metade da superfície das terras. O proletariado urbano era pouco numeroso e encontrava-se sujeito a duras condições de vida: salários baixos, 11 a 12 horas de trabalho diário e precárias condições de saúde, higiene e de habitação.
Com a derrota na guerra russo-japonesa (1904-1905) verificou-se um grande descontentamento aproveitado pelos adeptos do liberalismo para tentarem uma revolução. Mas os revoltosos foram dizimados pelas tropas do Czar (1905).
A revolta de 1905, apesar de esmagada, obrigou o czar Nicolau II a empreender algumas reformas sociais e políticas como a autorização de partidos políticos e a abertura de um parlamento (a Duma). Na prática, porém, os partidos eram vigiados e perseguidos e o parlamento não funcionava, continuando o czar a exercer o poder absoluto e autoritário.
Entre os partidos políticos que se formaram destacaram-se o Partido Constitucional Democrata, defensor do regime liberal e burguês que vigorava nos países da Europa Ocidental, o Partido Socialista Revolucionário, que defendia a socialização dos meios de