Revolução russa

“Revolução russa”

* Conjuntura social e econômica na Rússia pré-revolucionária.
A Rússia do final do século XIX e início do XX era uma contradição. Ao mesmo tempo que apresentava características feudais, como o regime de servidão e o czarismo absolutista, também se mostrava empenhada em constituir indústrias, mesmo que dependente do capital externo. Socialmente, a população era predominantemente rural (mais de 130 milhões de pessoas), com um proletariado pequeno (apenas 3 milhões).
Os camponeses passavam fome, pois a produção agrícola não conseguia atender a demanda interna devido a técnicas de cultivo rudimentares. Nas fábricas, os operários eram obrigados a trabalhar mais de 12 horas por dia, além de sofrerem com péssima alimentação e habitação.
Para combater a opressão do governo czarista os operários das fábricas se organizaram em partidos políticos. Um deles foi o Partido Operário Social-Democrata. Os membros desse partido baseavam suas reivindicações nas teorias marxistas dos modos de produção, onde todas as sociedades deveriam passar por diversos estágios de organização social, sendo o último estágio o Socialismo ou Comunismo.
No regime socialista ou comunista, todos os meios de produção pertencem ao Estado e seus cidadãos ganham um salário proporcional às necessidades que possuem. A intenção é acabar com as desigualdades econômicas e sociais através de uma economia rigidamente controlada pelo Estado.
Porém, divergências quanto à forma de atuação política dentro do Partido Operário Social-Democrata fizeram com que seus integrantes se dividissem em dois outros partidos: os mencheviques (minoria) e bolcheviques (maioria). Embora os dois tivessem interesse numa revolução que depusesse o Czar Nicolau II eles divergiam quanto à maneira que essa revolução deveria acontecer.
Os mencheviques diziam que a Rússia deveria respeitar a ordem dos modos de produção (asiático>escravista>feudal>capitalista>socialista), passando primeiro pelo