revolução russa e stalinismo
A entrada da Rússia na Primeira Guerra Mundial precipitou o processo revolucionário, pois a guerra acentuou as insatisfações da sociedade. O país estava despreparado para enfrentar o esforço de guerra e nenhum outro apresentava tantos contrastes sociais. Os soldados, mal-armados e subalimentados, foram dizimados em derrotas sucessivas. Em dois anos e meio, a Rússia perdeu 4 milhões de homens. Em outubro de 1916 a situação era insustentável e a oposição aumentou tanto no seio da nobreza e da burguesia quanto no campesinato e no proletariado. Os únicos setores beneficiados eram os ligados à indústria de guerra.No plano político, a oposição na Duma cresceu. O Czar Nicolau II assumiu o comando do Exército, abandonando o governo ao grupo burocrático que se fechava em torno da Czarina. Esta vivia sob a influência de Rasputin, místico e charlatão, com enorme poder na Corte. A oposição acentuou-se com as sucessivas deposições de Ministros. O Czarismo perdia todas as bases de apoio. A Revolução de Março foi o resultado de uma série de greves e movimentos de massa ocorridos em Petrogrado. Os soldados recusaram-se a atacar as multidões de manifestantes, mas houve choques violentos entre a polícia e o povo. Uma parte do exército reuniu-se aos manifestantes. Os edifícios públicos foram ocupados, os Ministros e Generais detidos. Desmoronava-se o poder czarista. Constituiu-se um Governo Provisório integrado por elementos liberais da Duma; porém, o poder de fato estava com os Sovietes, controlados inicialmente pelos Menchevistas e Socialistas Revolucionários. A Revolução não se limitara a Petrogrado, mas espalhou-se por toda a Rússia. O Czar ainda tentou uma manobra abdicando em favor de seu irmão, o Grão-Duque Miguel, que não aceitou a coroa imperial. À frente do Governo Provisório da República estava o Príncipe Lvov, liberal;