Revolução industrial
A Revolução Industrial do século 18 representou o momento de consolidação do capitalismo. Apesar de restrita à Inglaterra, ela foi responsável pela reordenação da economia mundial durante o século 19, pois representou a nova dinâmica capitalista, responsável por superar o mercantilismo.
O pioneirismo inglês pode ser explicado com base na existência de um Estado liberal burguês, de capitais acumulados oriundos da exploração colonial e do domínio sobre as atividades mercantis, até então de mão-de-obra barata, e da disponibilidade de recursos naturais.
No entanto o aspecto mais importante, ao analisarmos esse processo, é entender o seu significado. De que maneira podemos definir a Revolução Industrial? Dizemos: "Foi um conjunto de transformações socioeconômicas e tecnológicas responsável por consolidar o sistema capitalista".
Uma definição bastante simples, mas que possui um elemento fundamental: primeiro o homem, depois a máquina. Isso significa que a revolução não deve ser entendida apenas como um conjunto de inovações técnicas, novas máquinas e novos procedimentos de produção. A revolução deve ser entendida a partir da alteração estrutural que determinou.
Se pensar a máquina e seus inventores não é o mais importante para compreendermos esse movimento, como deve ser vista a revolução? Quais são suas características fundamentais? Ela foi responsável pela separação definitiva entre o capital e o trabalho, pela consolidação do trabalho assalariado, pelo controle da burguesia sobre a produção e pela formação de uma nova classe social, o proletariado. Foi ainda caracterizada pela substituição do trabalho manual pelo trabalho da máquina e pela substituição da energia humana pela energia a vapor.
O desenvolvimento desse processo determinou uma série de transformações na vida cotidiana do homem inglês, em especial do homem pobre que migrava para a cidade e engrossava a camada marginalizada ou subempregada. As