Revolução industrial
Por Rubens Fava
Uma fumaça negra divide o milênio. Quem viveu antes da Revolução Industrial não poderia prever como seria o mundo no futuro, assim como mal podemos imaginar uma época sem os bens e os males de agora. A partir de 1750 até por volta de 1970, o mundo viveu o que os especialistas denominam Revolução Industrial, predominando uma visão de especialistas da produção em série, da adaptação do homem com a máquina.
Na verdade, foi um fabricante de instrumentos matemáticos que deflagrou a mudança ao aperfeiçoar um modelo de máquina a vapor de Newcomen, feita em 1712, com a finalidade de bombear a água que se acumulava nas minas. O ponto de partida da revolução foi a invenção da máquina a vapor patenteada por James Watt em 1769. Uma versão que economizava até 75% em combustível, o que permitiu a utilização dessas máquinas em diversos setores, tais como tecelagem, mina de carvão, ferrovias e navios.
Com a evolução científica, que serviu de base para a Revolução Industrial, aumentou também o poder de manipulação do homem sobre a natureza. Com o declínio do Feudalismo, a população rural migrou para as grandes cidades e esses trabalhadores rurais transformaram-se em operários, ocupados com a produção e a distribuição de bens industriais.
Essa transformação deu origem à automatização do trabalho humano, com inúmeros desdobramentos a partir do final do século XVIII. Entretanto, a força humana foi sendo substituída por novas formas de energia que, por sua vez, foram também modificando o mundo mediante um intensivo processo de industrialização.
Essa transferência permitiu ao homem multiplicar a quantidade de trabalho. As máquinas passaram a fazer tarefas que antes o homem fazia à mão, em uma velocidade muito maior a ponto do inventor inglês Richard Arkwright ter sido acusado de ser o responsável pelo agravamento dos problemas econômicos da época por ter inventado uma diabólica máquina de fiar algodão que substituía um